Nova regulamentação nas praias do Rio promete acabar com o caos e melhorar  a ordem

As novas normas implantadas nas praias do Rio de Janeiro têm como objetivo reduzir a poluição visual e organizar o comércio, mas vêm gerando críticas por descaracterizarem a paisagem tradicional e afetarem o sustento de centenas de ambulantes.

O decreto exige que cerca de 600 barracas usem placas padronizadas em preto e branco, proíbe bandeiras coloridas e itens como botijões de gás, carvão e isopores — o que inviabiliza a venda de alimentos típicos como camarão no espeto, milho cozido e queijo na brasa. Vendedores, em sua maioria sem licença formal, relatam perdas financeiras e incerteza sobre o futuro da atividade, que pode render de R$54 a R$548 por dia.

O prefeito Eduardo Paes defende as mudanças para evitar o que chama de “bagunça visual”, enquanto o vice-prefeito Eduardo Cavaliere reconhece a importância de manter a identidade das praias, mas acredita ser necessário um mínimo de regras.

A prefeitura sinalizou que o visual atual pode ser temporário e busca alternativas que conciliem ordem e tradição. Enquanto isso, banhistas e comerciantes se dividem entre a estética organizada e o desejo de preservar o espírito autêntico das praias cariocas.

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