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O tradicional torneio de Wimbledon deu um passo decisivo rumo à sua maior expansão em mais de um século. Um juiz do Tribunal Superior rejeitou nesta segunda-feira (21) uma ação judicial movida por um grupo de moradores que contestava a autorização para a ampliação, permitindo que o projeto — que quase triplicará o tamanho do complexo — avance.

O plano prevê a construção de um estádio com 8 mil lugares e teto retrátil, além de 38 novas quadras de grama, sete prédios de apoio e áreas de acesso público. Com isso, Wimbledon poderá finalmente sediar em suas próprias instalações o torneio qualificatório, hoje realizado em local separado.

A decisão judicial foi uma vitória para o All England Club, que adquiriu o terreno do antigo campo de golfe de Wimbledon Park em 2018. O grupo Save Wimbledon Park (SWP) alegava que a área, classificada como patrimônio histórico (Grade II*), era protegida por restrições legais que impediriam construções e exigiriam seu uso público. A juíza Saini, no entanto, considerou que a decisão das autoridades urbanísticas foi racional e tomou em conta todos os fatores relevantes.

A presidente do clube, Deborah Jevans, comemorou a decisão: “Agora podemos avançar com um projeto que, além de modernizar Wimbledon, vai transformar 27 acres de área privada em parque acessível à população local.”

Apesar da derrota, o grupo SWP estuda recorrer, alegando que o julgamento abre um precedente preocupante para o uso de áreas verdes protegidas em Londres e no Reino Unido. Uma nova audiência, sobre a existência de um possível “trust” legal que impediria o desenvolvimento da área, está marcada para janeiro de 2026.

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