
Jon Fosse, escritor e dramaturgo norueguês, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura 2023. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (5), pela Academia Sueca, em Estocolmo.
Segundo a Academia, o prêmio foi concedido “por suas peças e prosa inovadoras que dão voz ao indizível”.
Com o anúncio, Fosse declarou estar “arrebatado e um pouco assustado”, em um comunicado. “Vejo isto como um prêmio à literatura que, acima de tudo, pretende ser literatura, sem outras considerações.”
De acordo com a Academia, sua obra-prima em prosa é a série “Septology” (sem tradução em português), concluída em 2021: “Det andre namnet” (“O segundo nome”, na tradução livre para o português), “Eg er ein annan” (“Eu sou outra pessoa”, na tradução livre para o português) e “Eit nytt namn” (“Um novo nome”, na tradução livre para o português).
Já na dramaturgia, seu destaque foi com a peça “Nokon kjem til å komme” (1996; “Alguém vai chegar”, na tradução livre para o português), “com seus temas de expectativa assustadora e ciúme paralisante, a singularidade de Fosse é totalmente evidente”, diz a Academia.
No ano passado, Josse disse à revista americana The New Yorker que era “apenas um cara esquisito do oeste da Noruega, da parte rural da Noruega”. Nascido em Haugesund, em 1959, ele sofreu um grave acidente, que quase custou sua vida, aos sete anos de idade. O autor já admitiu que essa experiência deixou marcas profundas em sua escrita. “Me criou como artista”, disse. Fosse estudou literatura comparada na Universidade de Bergen, onde leu Marx, converteu-se em uma espécie de anarquista hippie. Também tocou em uma banda de rock. O primeiro texto que escreveu, no início da adolescência, foi uma canção.
O novo Nobel de Literatura tem dois livros publicados no Brasil: “Melancolia”, editado pela Tordesilhas em 2015, e “É a Ales”, lançado em setembro pela Companhia das Letras. Ainda este mês, a Fósforo envia mais um às livrarias: “Brancura”.
Para 2024, a Companhia das Letras promete o lançamento da “Trilogia” do autor no Brasil.
