
Nesta segunda-feira (24), a menina Benigna Cardoso da Silva será beatificada pela Igreja Católica. Na cerimônia, que ocorre no Parque de Exposições Pedro Felício Cavalcanti, no Crato, no Ceará, são esperadas cerca de 60 mil pessoas.
Conhecida como Menina Benigna, a cearense, morta em 1941, se tornará a primeira mártir do estado a ser reconhecida pelo Vaticano. A beatificação de Benigna foi autorizada pelo Papa Francisco em 2019.
Benigna se tornou símbolo de resistência após ter sofrido uma tentativa de estupro quando tinha apenas 13 anos. Ao resistir ao ataque, ela acabou sendo morta brutalmente com golpes de facão em Santana do Cariri, a 523 km de Fortaleza, em 24 de outubro de 1941.
A cearense ficou órfã de pai e mãe ainda criança e foi criada pelos irmãos. Segundo o relato de pessoas que conviveram com Benigna, ela era uma menina simples, sem vaidades, muito estudiosa e com muita fé em Deus.
“Ela se relacionava bem com todos, era gentil, muito educada, não usava de palavrões e se ocupava responsavelmente com os estudos. Nela, se destacava a simplicidade e a prudência. Sua fama de santidade e martírio é justa”, conta Raimundo Alves Feitosa, de 98 anos, que conviveu com a mártir. Ele foi uma das testemunhas que deram depoimento ao Vaticano no processo de beatificação.

