Brooke Shields é a nova capa da revista estadunidense “People” e falou, pela primeira vez, sobre o abuso sexual que sofreu há mais de 30 anos por um executivo poderoso de Hollywood. A atriz de 57 anos de idade afirmou que, na época, achava que ninguém acreditaria na sua história.

Quando sofreu o assédio, a atriz tinha acabado de se formar na Universidade de Princeton e estava desempregada – esse foi “o ponto mais baixo da minha carreira.” Porém, ela conseguiu jantar com um executivo de Hollywood, achava que “estava conseguindo um filme, um emprego,” e ele a convidou para chamar um táxi do quarto de hotel. Lá, foi abusada. “Eu não lutei. Eu simplesmente congelei,” disse

Após o abuso, ela se culpou. “Eu ficava dizendo: ‘Eu não deveria ter feito isso. Por que eu subi com ele? Eu não deveria ter bebido no jantar’. (…) Lutar não era uma opção, então você apenas deixa seu corpo. ‘Você não está lá. Isso não aconteceu'”.

“As pessoas não acreditavam nessas histórias naquela época. Achei que nunca mais trabalharia”, afirmou Brooke. Ela deu o relato também em seu documentário, “Pretty Baby”, que estreia no dia 3 de abril no Hulu. A produção aborda seus papéis sexualizados, incluindo “A Lagoa Azul”.

“Fazendo o documentário, você vê tudo junto, e é um milagre que eu tenha sobrevivido”, disse a atriz. “Levei muito tempo para processar isso”, completou ela sobre a agressão que ocorreu quando tinha 20 anos. “Estou com mais raiva agora do que naquela época. Se você está com medo, está com razão. São situações assustadoras. Elas não precisam ser violentas para serem assustadoras.”

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