
A Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês) anunciou que o Globo de Ouro 2022 não vai ter presença de celebridades, público ou de tapete vermelho. A premiação acontece em Los Angeles no domingo (9).
“Por causa do surto atual da pandemia, saúde e segurança permanecem uma prioridade maior para a HFPA”, afirmou a organização.
No entanto, o anúncio da decisão na semana do evento também tem reflexos das críticas que a entidade tem sido alvo no último ano, de acordo com a revista “Hollywood Reporter”. A HFPA também não esclareceu se haverá algum tipo de transmissão da premiação, já que a emissora americana NBC, dona dos direitos, não vai passar o evento nos Estados Unidos.
Em 21 de fevereiro de 2021, uma investigação do “Los Angeles Times” acusou a Hollywood Foreign Press Association de “negociação própria” e destacou potenciais conflitos de interesse. Entre eles estava o fato de 30 membros da HFPA terem viajado de avião para a França para visitar o set de “Emily In Paris” em 2019. Dois anos depois, a série foi indicada para dois Globos de Ouro, enquanto séries mais elogiadas pela crítica foram esnobadas.
Também revelou-se que a organização não tinha membros negros. Meher Tatna, sua ex-presidente, disse mais tarde à Variety que não havia nenhum membro negro por pelo menos duas décadas. A reação foi rápida, com vários ex-indicados ao Globo de Ouro, incluindo Ava DuVernay, exigindo mudanças nas redes sociais.
Em abril, a Associação expulsou o presidente Phil Berk após o envio de um e-mail sobre o movimento Black Lives Matter, o qual foi descrito como “um movimento de ódio racista” pelo integrante.
