
As irmãs Brenda e Betty Agi estão entre as 100 pessoas negras mais influentes do planeta, segundo uma premiação reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU). Moradoras de Anápolis, Goiânia, elas são fundadoras de um centro de assistência médica, preventiva e odontológica.
Há dez anos, elas estão à frente da Organização Não Governamental (ONG) Compaixão Internacional, que já ajudou mais de 70 mil pessoas em 17 países.
Filhas de um moçambicano com uma brasileira, as jovens biomédicas trocaram o jaleco por um projeto social após uma viagem que fizeram para a África, quando trabalharam como voluntárias.
“Em um final de semana específico nós fomos no Deserto Kalahari, e uma das crianças começou a chorar muito. Nós nos aproximamos dela para saber o que estava acontecendo e vimos que os pés dela estavam feridos. À medida que ela ia dançando, aquela areia quente ia entrando nas feridas dela, e ela chorava muito. Nós pedimos para ela buscar um par de chinelo, só que ela disse que não tinha. E quando nós olhamos as outras crianças, todas estavam descalças”, disse Brenda.
A partir daí, elas criaram a Compaixão Internacional, para recolher e doar chinelos para quem precisa. Em 2018, após doarem cerca de 40 mil pares de chinelos para famílias carentes.
Além dos chinelos, o projeto realiza oficinas de artesanato para vítimas de violência sexual, leva tratamento odontológico para comunidades pobres, promove ações de proteção à criança e ao adolescente no sertão brasileiro e cuida de albinos africanos perseguidos pela cor.
Além das irmãs, a lista possui outros oito brasileiros, entre eles estão a cantora Iza e Léo Santana.
