Crianças que participavam de uma colônia de férias na Sociedade Hípica de Brasília usaram tintas e canetinhas para “rabiscar” um dos cavalos do espaço, como parte de uma “atividade lúdica”.

A atividade, considerada pedagógica pela hípica, é vista por ONGs de direitos dos animais como maus-tratos. A fiscalização apontou que o cavalo estava em boas condições e notificou os responsáveis a apresentarem o programa pedagógico.

Na imagem compartilhada pela advogada e ativista Ana Paula Vasconcelos, é possível ver que as tintas se espalharam pelo dorso, pelas patas e pelo focinho do animal. “Ele não é um quadro branco que você pode vir e pintar. Enquanto tentamos educar as crianças para que tenhamos uma sociedade mais consciente, que saibam respeitar todas as formas de vida, nos deparamos com uma coisa absurda dessas”, comentou.

A pintura é atóxica e não faz mal ao cavalo nem à criança, segundo o responsável pelo marketing da Escola de Equitação da Hípica, Muriell Marques.

“Isso se usa muito lá fora, ainda está chegando no Brasil, que é a pintura atóxica. Depois, a gente leva o animal para ser lavado e a própria criança ajuda a lavar”, afirmou. “É visível que o animal está tranquilo, que não estava estressado.”

Ainda de acordo com o responsável, 50 crianças participaram da colônia e foram acompanhadas por cerca de 15 monitores e instrutores de equitação. “Não havia risco, esse cavalo é superdócil. Usamos ele na equoterapia, para crianças com deficiência, inclusive. Esses bichos, para mim, são as coisas mais importantes. Eu estou sendo crucificado equivocadamente. Isso realmente é extremismo da internet”.

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