Suvinil muda paleta de cores com foco racista

30/06/2020 - 10:00 | Por: Circolare


A Suvinil está alterando nomes de oito cores de seu portfólio considerados de viés racista.

A maioria é relacionada a tons de cores claras, como “Pele de Pêssego”, ou mais escuras, como “Pele Mulata”. Os nomes foram criados ao longo dos quase 60 anos da empresa no País, que tem portfólio com 2 mil opções de cores.

“A pluralidade dos nossos consumidores exige de nós uma abordagem também plural e concluímos que alguns nomes não são adequados a esse conceito”, diz Marcos Allemann, vice-presidente de Tintas Decorativas para a América do Sul. Segundo ele, os nomes têm conotações não apropriadas. “A gente se sente mal de ter esse tipo de cor no nosso leque.”

Um dos nomes emblemáticos é o “Cor da Pele” que, para Allemann, “é extremamente excludente”. Ele foi substituído por “Fio de Rami” (planta que resulta em fibras de cor bege). “Vamos tirar toda referência à cor de pele do nosso portfólio de cores, pois, quando se fala em pele, não dá para limitar a uma só cor.”

Os demais nomes alterados são Flor da Pele (para Flor Lilás); Pele Delicada (Branco Quente); Pele de Veludo (Pêssego Pálido); Pele Macia (Quase Rosa); Pele de Pêssego (Rosa Laranja); Pele Mulata (Lambari Roxo); Pele Bronzeada (Cogumelo Shitake); e Nude (Flor de Cerejeira). A empresa cria cerca de cinco a dez novas cores por ano.

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