Arte na Praça Adolpho Bloch

16/09/2020 - 12:13 | Por: Circolare


O projeto Arte na Praça Adolpho Bloch, idealizado e realizado pela Farah Service, empresa de melhorias urbanas, chega à sua terceira edição com mais propósito do que nunca.

Catorze novos artistas vão expor trabalhos e se juntar à quatro obras remanescentes da última edição de Bruno Novaes, Douglas White, Rodrigo Sassi e Oskar Metsavaht e também à duas instalações permanentes da Praça:o banco-escultura de madeira assinado por Hugo França e o balanço de Ciro Schu.

O responsável pela escalação do time de artistas que compõe a exposição é o renomado curador francês, radicado no Brasil, Marc Pottier, que assina a curadoria do projeto, que, pela primeira vez, recebe o trabalho de um artista internacional, o mexicano Jorge Méndez Blake. Além dele, Claudia Jaguaribe, Delphine Araxi Sanoian, Felipe Seixas, Flávio Brick, Graziella Pinto, Lucas Dupin, Maria Fernanda Paes de Barros e Kulikyrda Mehinako -da Aldeia Kaupüna, Renata Adler, Renata Barros, Rodrigo Bueno, Susanne Schirato e Verena Smit fazem parte da nova safra de artistas do projeto.

Vários meses de confinamento em casa, passados às vezes entre paredes estreitas, despertaram, mais do que nunca, o apetite para desfrutar o ar livre, os parques e os jardins públicos da cidade.

SENTAR – LER – ESCREVER se propõem a ser uma exposição na qual os artistas nos dão linhas de reflexão. Ela também quer ser um fórum de ideias que nos ajude a renovar nossas mentes após esses meses de confinamento e promover a criatividade que existe em cada um de nós. “Queremos oferecer ao público uma experiência em que possa se reconstruir após o confinamento, um jardim para se reiniciarem paz. Parar, sentar e se reconectar com si mesmo. Sentar-se para ler e, por que não, escrever”, explica o curador Marc Pottier. “Quem quiser, pode nos enviar seus “contos” e vir a fazer parte de um concurso que queremos organizar com a Bienal do Livro” completa Pottier.

Susanne Schirato projeta a instalação Cabo Guia especificamente para a Praça Adolpho Bloch. O trabalho surge a partir de outra obra da artista, 80 bar de pressão. A instalação, por sua vez, se materializa na transcrição de tal livro em uma grande linha, sem espaços entre as palavras. Cada letra é bordada com uma linha branca, uma a uma as palavras são formadas no tecido preto de aproximadamente 125 metros de comprimento.

‘Azulzinha’, de Claudia Jaguaribe, é uma obra-instalação produzida em placas cimentícia impressas com imagens fotográficas baseadas no tradicional jogo de pular de crianças. Foi pensada como um escape lúdico do isolamento em que estamos vivendo durante a pandemia. As imagens das diferentes “casas” ou quadrados do jogo mostram águas vivas, seres etéreos de um universo livre que vão se agregando até encontrar o caminho do “céu”. O espectador é um participante ativo da obra e não meramente observador.

Na escultura s/título, o artista Lucas Dupinparte de uma estante repleta de livros para então replicá-la em ferro e concreto. Cortada em segmentos articulados entre si que se desdobram no espaço da praça, a escultura é complementada pelo crescimento gradual da vegetação plantada juntamente a esta.

Revitalização de espaços públicos, em especial de áreas verdes, é um dos principais atributos da Farah Service que tem como premissa integrar, de maneira leve, interessante e de alguma forma ligada à cultura, educação ou lazer, a comunidade literalmente ao meio que ela habita, seu bairro e lugares que frequenta. Isso em toda a cidade. “Nos dá uma satisfação imensa ver projetos como o “Arte na Praça”, chegar à sua terceira edição. A Farah trabalha diuturna e incansavelmente para implantar melhorias nos espaços urbanos que impactam diretamente na qualidade de vida das pessoas na cidade.” Conta Michel, fundador da Farah, que tem hoje sob sua gestão mais 200 praças e áreas verdes, além da Ciclovia da Marginal Pinheiros.