Trabalho diário”, diz Fábio Assunção sobre luta contra dependência química

19/07/2018 - 18:00 | Por: Circolare


Fábio Assunção abriu o coração e falou sobre a luta contra a dependência química, em entrevista à revista “Trip”.

“Se você está feliz, se está com saudade, se tem uma perda ou se acaba um relacionamento, tem que vivenciar isso e dói. Essas coisas… Todo mundo sente o impacto desses sentimentos, não são sentimentos fáceis. Então acho que [fazer uso de substâncias químicas] foi uma forma de não sentir, uma coisa que eu não tinha preparo para me relacionar. Sim, é um trabalho diário mesmo. Não sei como é para cada um. Mas é isso. Eu acho que, tendo foco, é possível”.

Na entrevista ele também, fala sobre a dificuldade de encarar sua dependência química sendo famoso:“A primeira vez que achei que as coisas estavam saindo do meu controle, em 2008, fui ao AA [Alcoólicos Anônimos]. Estava me sentindo envergonhado, muito preocupado com as pessoas saberem. Cara, na hora que eu saí, tinha um paparazzo do lado de fora. Então, eu nunca tive a possibilidade de viver esse processo com privacidade”, declarou.

O ator ainda comenta sobre sua filiação ao PT em 2017. “Tive um convite do Lula numa conversa que tivemos em um jantar. Ele queria formar uma comissão para discutir política de drogas e queria que eu participasse. Falei que sim. E a gente fez algumas reuniões, ele disse que era muito importante conversar sobre isso com as famílias brasileiras”

Fábio também criticou a política do ex-prefeito de São Paulo, João Dória, a respeito da cracolândia na cidade: “O Brasil tem muito o que mudar nessa área, que é muito central. Se jogar a droga na ilegalidade, ela vira um instrumento de extermínio. É muito pesado o que falei, mas o que o Dória fez na Cracolândia foi uma violação de direitos humanos flagrante, uma coisa absurda”.

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