Sanduíche Bauru vira patrimônio cultural de São Paulo

23/01/2019 - 14:00 | Por: Circolare


Você sabia que, para ser chamado de “sanduíche Bauru”, o lanche precisa seguir à risca o modo de preparo e os ingredientes corretos? Pão francês, rosbife, tomate, picles de pepino em rodelas, mussarela, orégano e sal.

Criado por um bauruense há mais de 80 anos, no restaurante “Ponto Chic”, o sanduíche praticamente só é feito da forma correta e com os ingredientes originais em Bauru.

Curiosidades à parte,  o “sanduíche Bauru” foi considerado patrimônio cultural imaterial de São Paulo. A lei 16.914, aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo, foi promulgada pelo ex-governador Márcio França (PSB) no dia 28 de dezembro e publicada no Diário Oficial no dia seguinte.

Sobre o dono da receita, ele se chamava Casimiro Pinto Neto e era conhecido como ‘Bauru’ entre seus colegas na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no Largo de São Francisco.

“Era um dia que eu estava com muita fome. Cheguei para o sanduicheiro Carlos e falei para abrir um pão francês, tirar o miolo e botar um pouco de queijo derretido dentro. Depois disso o Carlos já ia fechando o pão eu falei: ‘calma, falta um pouco de albumina e proteína nisso’. Eu tinha lido em um opúsculo livreto de alimentação para crianças, da Secretaria de Educação e Saúde, escrito pelo ex-prefeito Wladimir de Toledo Pisa, também frequentador do Ponto Chic, que a carne era rica nesses dois elementos. Então, falei para botar umas fatias de rosbife junto com o queijo. E já ia fechando de novo quando eu tornei a falar: falta vitamina, bota aí umas fatias de tomate. Este é o verdadeiro Bauru”, disse Casemiro em depoimento publicado enquanto vivo.

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