Malala vai patrocinar três brasileiras que lutam pela educação de meninas

10/07/2018 - 18:00 | Por: Circolare


A paquistanesa Malala Yousafzau anunciou, nesta terça-feira (10), que três brasileiras passarão a integrar a Rede Gulmakai, uma iniciativa do Fundo Malala que patrocina homens e mulheres que incentivam ou promovem a educação de meninas em vários países.

O Fundo Malala já chegou a investir recursos em projetos de ativistas indígenas do México, mas o anúncio feito nesta terça marca a expansão da Rede Gulmakai para a América Latina, começando pelo Brasil. O projeto já contempla outros seis países: Afeganistão, Líbano, Índia, Nigéria, Paquistão e Turquia.

Quem são as participantes?

  • Sylvia Siqueira Campos (Pernambuco): presidente do Movimento Infanto-juvenil de Reivindicação (Mirim), com sede em Recife. O movimento foi criado em 1990 e tem como objetivo “defender e promover os direitos humanos com foco na infância, adolescência e juventude, a fim de combater as desigualdades, estimular a cidadania ativa e radicalizar a democracia”. Segundo o Fundo Malala, Sylvia participa do movimento desde que tinha 13 anos e, hoje, é a presidente do Mirim.
  • Ana Paula Ferreira de Lima (Bahia): uma das coordenadoras da Associação Nacional de Ação Indigenista (Anaí), criada em 1979 para “promover e respeitar a autonomia cultural, política e econômica e o direito à autodeterminação dos povos indígenas”. Ana Paula já foi professora e agora atua para aumentar o número de meninas indígenas que terminam os estudos na Bahia, além de treinas 60 garotas indígenas para se tornarem jovens ativistas.
  • Denise Carreira (São Paulo): é coordenadora adjunta da Ação Educativa, uma organização fundada em 1994 para “promover os direitos educativos e da juventude, tendo em vista a justiça social, a democracia participativa e o desenvolvimento sustentável no Brasil”. Segundo o Fundo Malala, atualmente ela desenvolve um curso online para treinar professores em temas relacionados à igualdade de gênero, além de produzir um relatório sobre a violência e a discriminação de gênero na educação.

    Atualmente, a rede financia o trabalho de 22 ativisitas em prol da educação de meninas no Afeganistão, Índia, Líbano, Nigéria, Paquistão e Turquia.